Monday, July 17, 2006

Supremacias!

Eu sou um fã de ciclismo. Aprendi a gostar do esporte durante a minha estada na europa em 1993. Inicialmente achava estranho o gosto dos europeus pelo sport, aquela monótono assistir aquela fila indiana de ciclistas correndo numa estrada! Como os canais de televisão europeus privelegiavam a cobertura jornalistica da modalidade, eu acabava assistindo por falta de opção.

Aos poucos fui me afeiçoando ao esporte, aprendendo o seu funcionamento, as regras, a pontuação, o linguajar, a parte técnica, ao ponto de passa a acompanhar desde então o esporte, principalmente durante a realização dos seus grandes eventos: O Tour de France e A Volta da Itália, para dar dois exemplos.

E este ano não está sendo diferente! Estou acampanhando, atentamente, nesse mês a realização do Tour de France, e com um incentivo a mais: a volta da competitividade à prova. Isso se deve a aposentadoria de Lance Armstrong, ciclista norte-americano vencedor durante vários anos e que emprestava a prova um gosto de "já te vi".

Mas esse ano não! Cada etapa reserva uma surpresa! Chegou ao ponto de que, durante o tour, um atleta que ocupava a 46º posição numa das etapas, concluir como líder geral do evento a outra!

Eu falo do ciclismo, mas essa é uma realidade que se aplica a qualquer esporte, aos esportes em geral. Não vá pensar que tenho alguma coisa contra os ídolos, nada contra eles! É natural que cada modalidade os tenha, mas considero que as supremacias - algo diferente dos ídolos - são maléficas para qualquer esporte, a alternância dos vencedores é muito salutar!

Schumacher na F1, Federer no Tênis, Lance no ciclismo, o próprio Brasil, de certa forma, no futebol - que não a tanto pela inconstância dos resultados - são bons exemplos. Apesar de todos serem indiscutíveis na qualidade técnica e insuperáveis na sua habilidade, são também "brochantes" para os fãs dos esportes que praticam - salvo talvez os torcedores dos países que representam pelo nacionalismo.

Lembro dos tempos de Senna na Fórmula1, a presença de Mansel, Proust, e até do próprio Schumacher eram fortes contrapontos a uma liderança inconteste do piloto brasileiro. Eram tempos mais emocionantes.

Definitivamente qualquer supremacia acaba se tornando chata...

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